28 fevereiro 2017

Dentro ...

Dentro um mar imenso banhado de estrelas e girassóis...

Tudo transcende, cintila e reflete a alma avivada na dança precisa da fantasia. Os dias semelham sonhos. As noites, contentamentos desmedidos. Os desejos estremecem soltos a tua espera. E os instantes, como maravilhas musicais, vibram na pele e se delongam em mim. Surge tua imagem no horizonte que dança uma quimera quase real e pouco a pouco enleias-me no teu abraço e as vagas celebram a tonteira de amor...


Não há um dia sequer que não pense em você...

Há tanto tempo se foi...
Tenho saudade desse tempo longínquo que não voltará mais.

Não consigo, meu amor, esquecer do seu jeito, do amor desmesurado que me invadia intenso, dos sorrisos instigados com uma simples palavra tua, do carinho suspenso no ar que unia teus olhos aos meus e de tudo, absolutamente tudo, que diz respeito a você.

Dia sim e dia também não há nada que console o meu coração sentido por tua ausência.

E fica um vazio, que ninguém e nada preenche ...

Hoje, fica aqui um pouco de mim para você!


20 janeiro 2017

Fé...

Livro-me, pouco a pouco, do peso dos tempos,
das estações negras que persistiram,
das aflições que cerraram os sorrisos,
das avalanches que me derrocaram,
do fel que envenenou a razão...

Desfaço-me do rancor que me consumiu.

Dispenso as mágoas e as dores que me desgastaram.

Desisto os ressentimentos que me abateram.

Despeço-me das ilusões que arrasaram o meu coração.

Hoje, visto a esperança...

E diante de um horizonte ensolarado e infindo, recupero a minha fé.

14 novembro 2016

Deixei-me morrer ...

Deixei-me morrer, pois deixei de sentir. E sentir o universo sempre foi vital para mim. Tornei-me densa demais, introspectiva demais, detive os sorrisos e embaracei os meus sonhos. Afundei num mar profundo e escuro. Comigo levei o mundo nas costas. Voltar a superfície e me livrar dos pesos que me impedem está provocando uma dor “quase” insuportável. Compliquei e agora é trabalhoso descomplicar ... mas chego lá. Aos poucos livro-me da carga que não é mais minha. A sensação primeira é de que faz falta estar envolta na água sem ar, está leve demais, fácil demais. Depois percebo que vale a pena respirar e vislumbrar novamente o horizonte e é essa a sensação que fica. Graças à Deus! Virar a página faz toda a diferença. E o sol volta a brilhar!


17 outubro 2016

As horas ...

Arrastam-se as horas
e os versos escorrem
por entre os ponteiros...

O tempo é liquido
explode como ondas
marcando seu compasso

É feito um mar
de desejos
.
.
.
de chuva
.
.
.
de estrelas
.
.
.
de poesia
.
.
.




06 setembro 2016

Tão eu...

Quantas vezes sangrei os sentimentos todos...
Hoje sinto falta dessa intensidade visceral!

28 abril 2016

CONFISSÃO...

Confesso-me um ser humano!
Sim, eu embaracei o meu viver através das malditas e inábeis escolhas.
Abracei as trilhas que me cabiam, outras que não me serviam. Tomei atalhos. Desviei rotas. Retornei exausta. Tombei. Amarfanhei os joelhos. Dilacerei o coração. Fiz nascer do meu olhar maremotos, tsunamis, tempestades e o pôr do sol. Cravei as unhas nos rochedos do sentir. Traguei as amarguras e agonias. Enfastiei os pés em sítios que não me arrastaram a lugar nenhum.
Não me incrimino por isso!
Aprendi com as quedas. Reformulei pensamentos e ações. Transformei sentimentos. Abrandei o espírito. Amadureci!
Fui como quis ser e hoje, resgato todas as sequelas que me pertencem,  que me harmonizam e que me elevam como pessoa.
Abençoado seja o bom combate!

#clauperotti




23 abril 2016

Cor e tons...

Ouvi dizer que a vida tem tons de cinza...
Para alguns a própria vida veste-se do cinza das dores e angústias,  dos atropelos e quedas...
Para outros o cinza está nas sensações,  nas emoções expressadas em quatro paredes...
Mas para mim, não há cinza nas horas e nos meus dias...
Há os tons primários que misturados uns aos outros se transformam numa paleta de multiplas cores extraordinárias.
Dão vida a minha existência!

#clauperotti

Mãos tão minhas...

Tudo o que quero cabe em minhas mãos.
Mãos tão  minhas que me superam e se esforçam em ir além de mim.

#clauperotti

07 agosto 2014

Ausência ...


As vagas  salgam o hálito que pranteia a tua ausência.
A solidão me abraça e castiga as entranhas minhas,
mas não há o que fazer...